PACOTE ANTI-CRISE: Melo em algum momento vai pagar o preço da ousadia. Ou colher seus frutos
O pacote anti-crise anunciado ontem pelo governador José Melo é duro. Vai provocar criticas de setores beneficiados pelas facilidades com as quais operavam dentro do governo, auferindo lucros fabulosos e sem oferecer de forma minimamente adequada os serviços contratados. Melo em algum momento vai pagar o preço da ousadia ou colher seus frutos, caso consiga o objetivo de colocar em ordem as finanças públicas, vedando os ralos abertos e que vinham engolindo recursos da sociedade. O pacote é uma engenharia minuciosamente construída. Se afeta a saúde também repercute na cultura. É o fim da orgia com dinheiro público para alimentar festivais que não se adequam a essa crise: brincar de boi ou ouvir Ludwig van Beethoven é auspicioso, mas é preciso sentir o apelo das ruas e buscar atender minimamente pautas colocadas de forma dramática pela sociedade. Melo segue o caminho mais difícil, porém o único com possibilidade real de abrir caminhos neste momento.
O reordenamento do setor de saúde, anunciado por Melo, permitirá economia de R$ 316 milhões e ampliação de mais de 210 leitos de internação nos principais hospitais.
Serão fortemente afetados os que tinham uma produção discutível(as cooperativas) cobrando custos sem prestar os devidos serviços. Agora o Estado começa a limpar essa ‘barra’ que estava vigorando desde 2003.
NO LIMBO, O SENADOR
Na segunda-feira o senador Eduardo Braga deve retornar ao Senado, que para ele se tornou uma espécie de ‘limbo’ depois do episódio em que se posicionou contra o se partido no processo de impeachment da presidente Dilma.
ARTHUR ALIVIADO
Com a campanha pela reeleição batendo à porta, o prefeito Arthur Neto começa a respirar aliviado após uma verdadeira ‘quarentena’ imposta pela crise. Ontem a prefeitura assinou com a Caixa Econômica uma operação de crédito no valor de R$ 101,1 milhões, destinados às indenizações das obras de recuperação ambiental do Corredor Viário do Mindu. Com isso a obra, que é uma das mais importantes da administração, e que estava paralisada pode deslanchar nos próximos meses. Arthur já vem abrindo frentes de obras na cidade, depois que foi confirmado o empréstimo de R$ 500 milhões do Bird.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.