Paulo Ricardo morreu e nem houve tempo de dizer adeus
Paulo Ricardo era só um garoto entusiasmado com o jornalismo quando o conheci. Era alegre, gentil, inteligente. Morreu ontem aos 45 anos, longe de sua cidade e de seus amigos.
O doloroso foi não dizer adeus - há 15 anos não o via. Mas sua partida tão prematura chega como um alerta: o de que a vida - a nossa vida e de nossos amigos - é curta.
Tão curta como o derradeiro segundo do último minuto. E nunca estamos preparados para esse momento. Nem para dizer adeus, dar um abraço, apertar as mãos, afagar os cabelos. Sempre achamos que há tempo, que há o depois e perdemos a chance da despedida...
Mais doloroso do que não dizer adeus é saber que Paulo queria voltar a Manaus, depois de ser desenganado pelos médicos que não apontavam avanços na luta que mantinha contra o câncer.
Morto, a família tem dificuldades financeiras para fazer o traslado do corpo.
O jornalismo foi quase um vício para Paulo e para as gerações que o antecederam. Era encantador viver em uma redação de jornal.
A profissão leva ainda hoje centenas de meninos e meninas para as faculdades. Mas a maioria da geração de Paulo e da que o antecedeu morreu jovem e pobre.
PRESSÃO FUNCIONOU NO TRE
Ficou provado ontem que a união faz a força, mesmo. Diante da manobra da presidência do TRE de ‘adiar’ novamente a data da eleição suplementar, acrescentando mais um mês de incerteza política, o ‘não!’ dos candidatos unidos colocou água na fervura.
E CÁRMEM LÚCIA...
Há que se louvar a integridade e seriedade da ministra Cármen Lúcia que, diante da conturbação causada pelo despacho do ministro Lewandowski, escolheu o melhor caminho para evitar mais problemas no processo.
PAZ NO AMAZONAS
Há dois dias, o deputado Pauderney Avelino disse no Congresso que “o Brasil precisa de paz para crescer”. Mas esqueceu de lembrar aos políticos do Amazonas que o Estado também precisa dessa paz que eles estão tumultuando.
DESCULPA DE DAVID
O governador interino David Almeida diz que não bancará mais as promoções da PM nem o escalonamento da Polícia Civil. Com receio de conduta vedada, culpa o período eleitoral pelo imbróglio. Mas como o compromisso foi assumido pelo ex-governdor José Melo, as promoçoes poderiam ocorrer sim, mesmo em período eleitoral. A questão é outra: as promoções elevariam o valor da folha de pagamento a niveis insuportáveis . David só percebeu isso agora, depois que ele mesmo reafirmou o compromisso do governo com os policiais,
SOS “EDUARDINHO”
Presidente da Comissão de Transporte, Trânsito e Mobilidade da Assembleia Legislativa, o deputado Wanderley Dallas (PMDB) confirma para antes do recesso parlamentar (15 de julho) uma audiência pública na Aleam para impedir o fechamento do Aeroporto ‘Eduardinho”’.
ASSUNTOS: jornalista, morte, Paulo Ricardo
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.