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A pesquisa sofrível do Instituto Paraná e a avaliação de Wilson Lima


Por Raimundo de Holanda

13/06/2023 20h27 — em
Bastidores da Política


  • Mesmo com a pesquisa mostrando brechas e dúvidas, parece ter chegado a hora de o governador reavaliar sua gestão e questionar-se sobre o legado que vai deixar para o Amazonas neste segundo mandato.

Pesquisa realizada pelo Instituto Paraná com 710 entrevistados, revela um retrato inacabado do que seria a aprovação do governo Wilson Lima. A pesquisa foi realizada apenas em Manaus, mas o instituto não revelou o  critério utilizado: se presencial ou por telefone. De qualquer forma o resultado não é positivo. Wilson tem 53,5% de aprovaçao, mas o número de pessoas que desaprova o seu governo é alto: 41,5%. Outros 4,9% não quiseram opinar. 

A pesquisa é sofrível do ponto de vista estatístico. E se soma a tantas outras, sem controle  ou verificação de conferência de dados.  

Pela amostragem abaixo, dá para observar a precariedade dos números exibidos e ausência  desse controle que, se existe, o instituto não teve o cuidado de demonstrar.

É possível que uma amostragem criteriosa confirme os dados agora apresentados, mas para quem está no segundo mandato e pretende disputar uma vaga de senador em 2025, Wilson precisa romper essa rejeição. 

Dos governadores avaliados nas dez principais capitais, Wilson aparece em nono lugar e sua desaprovação só é menor do que a do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro.

De qualquer forma, mesmo com a pesquisa mostrando brechas e dúvidas, parece ter chegado a hora de o governador reavaliar sua gestão e questionar-se sobre o legado que vai deixar para o Amazonas neste segundo mandato.

Governar não é tarefa fácil, especialmente um Estado com as dimensões do Amazonas, isolado do resto do País e em um momento crítico de sua história:  a revisão do sistema tributário nacional, que pode ser bom para o resto do País, mas inviabiliza investimentos e paralisa o parque industrial de Manaus. É um problema e tanto. 

O governador precisa se engajar nessa luta e liderar  o movimento para preservar a Zona de Manaus, além de buscar mecanismos para romper a resistência à exploração  das riquezas minerais do Estado, de forma sustentável. 

Essa, entretanto, não é uma luta de um homem só. Depende de uma bancada federal unida, superando divergências e ambições  pessoais  em nome de um valor maior: a estabilidade política e econômica do Estado do Amazonas.

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ASSUNTOS: Amazonas, Pesquisa Paraná, Wilson Lima, ZFM

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.