Poder e sedução
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O poder tem seu charme. Atrai bajuladores, mulheres, negócios. Quem chega lá não esconde seu lado mundano e profano. Uma hora flerta com o perigo, e, em outra, se entrega, sem filtros, à sedução.
Ambições, desejos, estrogênio e testosteronas se espalham no ar em salas fechadas. Ah, se as paredes falassem...
Não é a intenção de servir ao povo que leva tanta gente a disputar uma eleição - é a ideia de força, de ocupação de espaço e, sem nenhum verniz, o desejo expresso de se apoderar da chave do cofre.
O povo - como dizia Chico Anísio - "que se exploda".
Num País sabidamente corrupto, a divisão de poderes - Legislativo, Executivo e Judiciário - é quase um chavão. Mas está escrito. Porém, vale pouco ou nada. Estão tão misturados que não se sabe em que campo se situam, ou em que ponto, em que limiar são independentes entre si.
Os poderes - todos os poderes - são políticos ou têm origem na política.
Vem aí uma nova eleição. Pense nisso! Pense que no poder homens e mulheres cuidam apenas de seus próprios interesses.
Então, como mudar isso? Com educação, começando pelas crianças. Pregando desde cedo que democracia não é apenas eleger pelo voto. É escolha de intenções, de gente comprometida a compartilhar decisões com o povo. Mas esse é um processo lento. Vale iniciar...
ASSUNTOS: eleição 2026, poder, sedução

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.