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Pontes que o prefeito David vê da janela de seu gabinete


Por Raimundo de Holanda

19/04/2025 19h24 — em
Bastidores da Política


  • Para quem vê a política "como ela é", este é um jogo jogado, com a provável reaproximação do governador Wilson Lima, pré-candidato ao Senado, abrindo vaga para um aliado de David, Tadeu de Souza.
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Para além do que as pesquisas mostram hoje, ainda de forma muito precária, o prefeito David Almeida pode surfar numa onda previsível na disputa pelo governo do Amazonas.

Por mais que insista em afastar qualquer possibilidade de sair candidato, David vê da janela de seu gabinete pontes pelas quais pode fazer a travessia de seu sonho: ocupar o Palácio do governo a partir de janeiro de 2027. 

O problema é que as pontes que ligam realidade e sonho têm postos de pedágio e tribos hostis que precisam ser conquistadas.

A vantagem é que a língua é a mesma. Os interesses, também. 

Para quem vê a política "como ela é", este é um jogo jogado, com a provável reaproximação do governador Wilson Lima, pré-candidato ao Senado, abrindo vaga para um aliado de David, Tadeu de Souza.

A questão parece simples. E é simples, mas tem um custo político alto. 

David teria que enfrentar o aliado de agora, o senador Omar Aziz (PSD), pré-candidato ao governo, com um legado importante nas duas administrações como governador do Amazonas, e forte presença nos municípios.

Um embate com Omar, o que é muito provável, impactaria na reeleição do senador Eduardo Braga (MDB), um dos incentivadores da candidatura do prefeito.

Omar, com mais 4 anos de mandato como senador, sabe como poucos mexer as pedras desse tabuleiro e pode oferecer aos prefeitos o que Braga não pode mais. 

Para o senador do MDB é final de mandato. É tudo ou nada. 

Com Manaus dividida e dependendo dos votos do interior, Braga muito provavelmente será sacrificado.

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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.