A preocupação legítima do MP com a Ponte Rio Negro
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Foi uma surpresa a decisão do Ministério Público de instaurar inquérito para apurar suposto risco de desabamento da ponte Rio Negro, construída no governo do agora senador Eduardo Braga(MDB), a um custo de R$ 1 bilhão, metade do recurso que seria necessário para asfaltar toda a BR 319.
Houve críticas à iniciativa do MP, com gente acusando a instituição de provocar pânico. Mas é uma medida legítima. É precaução, prudência, cautela. Afinal, é o interesse público que motiva esse tipo de ação.
Uma inspeção em toda a estrutura da ponte pode desfazer, num passe de mágica, essa preocupação. Ou não. Mas é uma medida necessária, não apenas na Ponte Rio Negro como na ponte Álvaro Maia, que liga o bairro da Cachoeirinha ao Educandos.
A ponte, com mais de 60 anos, é feita basicamente de concreto na sua base e vem sendo usada por carretas que se dirigem aos portos localizados na confluência do Educandos com a Colônia Oliveira Machado.
É uma medida, repetimos, necessária, que pode não cair no gosto dos políticos, mas é essencial até para que os órgãos administrativos, depois de minuciosa inspeção, desfaçam qualquer temor sobre riscos de desabamento.
ASSUNTOS: Manaus, MP-AM, Ponte Rio Negro

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.