A pressa em nomear o novo desembargador e a dúvida que ficou
A escolha do novo desembargador pelo governador Amazonino Mendes foi uma surpresa. Ocorreu minutos depois da definição da lista tríplice pelo Tribunal de Justiça do Amazonas. Seria leviandade dizer que o decreto de nomeação já estava pronto, mas a pressa foi uma surpresa. O nome, também.
Esses são tempos de provações. Não se renova a justiça com velhos costumes. Quem perde é a sociedade e a própria justiça.
Amazonino parece não ter compreendido que lhe coube uma missão não cumprida durante a sua vida: renovar a política, a justiça e a fé das pessoas. A aposta que se fez nele foi que ele produziria o novo e faria a travessia que se espera de um comandante.
Seus maiores adversários hoje são o tempo e as escolhas que faz. Tem que acordar para o tempo que passa. Só assim, quando tiver que abandonar a política por alguma razão poderá olhar nos olhos de seu povo e dizer: eu fiz, eu realizei, eu atravessei o rio e venci a tempestade. Eu já posso descansar!
ASSUNTOS: Amazonino, délcio, oba
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.