Previsão de desastre ambiental no Amazonas cria o milagre da união
- É salutar essa união. O antagonismo finalmente é deixado de lado em razão de uma pauta comum, de interesse da sociedade. É um movimento inédito, para além de interesses paroquiais e merece ser estimulado.
- Uma seca extrema pode colocar para o País, novamente e de forma decisiva, a necessidade de concluir a BR 319 - diante de um quadro de isolamento, fome e morte em toda a região
Medidas preventivas agora em discussão pelo governo do Amazonas com a bancada federal, prefeitos e empresários, marca um novo tempo - de composição das forças políticas e empresariais para fazer frente às mudanças climáticas e aos desastres previsíveis no Amazonas.
A questão é o que fazer e como fazer em caso de seca extrema dos rios da região. Sem recursos é frustrar expectativas, inclusive do próprio governo, da classe política, das entidades envolvidas e da população.
O Amazonas continua dependendo dos rios como estradas propulsoras de sua economia. A ligação terrestre com o Sul-Sudeste estancou por negligência política e azedou de vez com a ação de Ongs com intenções suspeitas e ambientalistas com ideias de um mundo apocalíptico, caso a rodovia seja recuperada.
Uma seca extrema pode colocar para o País, novamente e de forma decisiva, a necessidade de concluir a BR 319 - diante de um quadro de isolamento, fome e morte em toda a região.
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A ideia de buscar recursos junto ao Fundo Amazônia, proposta pelo senador Omar Aziz, é boa, mas o Fundo tem finalidade específica, de "monitoramento e combate ao desmatamento e de promoção da conservação e do uso sustentável da Amazônia Legal". É uma saída, mas precisa ser trabalhada a formatação desse apoio em caso de desastres ambientais, já que o FA é mantido com doações internacionais e de grandes empresas, como a Petrobras, com regras que em casos especiais precisam ser quebradas.
ASSUNTOS: desastre ambiental, isiolamento do amazonas, Seca no Amazonas, ZFM
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.