Procurar atendimento médico na rede pública de saúde é uma opção de alto risco
O caos na saúde do Amazonas não é um problema exclusivo do atual governo, mas é um problema para o governo atual resolver.
Não é novidade que o setor de saúde vai mal, que o sistema é administrado de forma amadora, que há desperdício de recursos, desleixo de servidores, mortes de pacientes e uma crescente impaciência da sociedade que pressiona por mudanças estruturais no setor.
Não é um problema criado pelo atual governo, mas é um problema para o governo atual resolver. E as soluções não estão em enviar pacientes para outros estados, mas profissionalizar a administração com capital humano adequado - menos médicos no comando da saúde e mais técnicos, empenhados na organização, otimizando recursos com controle da logística - que vai da distribuição de medicamentos, lavandeira, alimentos ao atendimento de pacientes, internamento, tratamento e alta.
É algo simples - controle da casa e dos gastos. E eficiência - que resultará na qualidade que se espera de um serviço essencial, que custa caro ao contribuinte.
Não dá mais para assistir ao quadro atual - de crianças morrendo no hospital de maior referência da cidade - o Francisca Mendes - porque um equipamento de anestesia quebrou. Que é isso ? Senão desleixo, desrespeito com a vida, falta de governança num setor que tem sido o calcanhar de Aquiles da administração atual.
O problema é certo , não foi criado pelo atual governo, mas não será resolvido culpando os governos anteriores, ou se estará fazendo o mais do mesmo.
ASSUNTOS: Amazonas, crise na saude, HOSPITAL FRANCISCA MENDES, Manaus, morte de criança cardiopata
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.