Compartilhe este texto

Projetos para passar a ideia de trabalho que não existe em sua plenitude


Por Raimundo de Holanda

08/08/2023 21h46 — em
Bastidores da Política


  • Um grande número das propostas dos parlamentares versa sobre direitos já garantidos ou em privilégios, mas ofende a inteligência do eleitor

A Assembleia Legislativa do Amazonas conseguiu a proeza de encerrar o semestre  de 2023 com 901 projetos de lei, alguns aprovados, outros em tramitação nas comissões técnicas. A produção “em escala industrial”  peca pela falta de qualidade, com a maioria esbarrando  em inconstitucionalidades. 

Um grande número das propostas versa sobre direitos já garantidos ou em privilégios, mas ofende a inteligência do eleitor. 

Embora esteja claro que a função do parlamentar  é legislar, seu papal mais importante é aprimorar leis já existentes, identificar vícios em propostas do Executivo e trabalhar para que as comissões técnicas da casa sejam eficientes e funcionem.

O problema infelizmente não está apenas no parlamentar. O eleitor se equivoca ao medir o desempenho dos deputados pelo número de projetos que apresentam, mesma medida adotada por uma imprensa que deixou de informar para fazer cobranças indevidas, fugindo de seu papel de informar.

O resultado está aí. A maioria dos projetos apresentados e aprovados deixa de ser sancionado pela evidente inconstitucionalidade, outros voltam para o Poder Legislativo que derruba os vetos e ou os sanciona em desrespeito e afronta ao bom sem senso.

Siga-nos no

ASSUNTOS: Aleam, Amazonas, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.