Quando o inimigo é o presidente
Todo mundo tem um inimigo, declarado ou não. As vezes ele dorme com você. Um dia se revela de forma conturbada e trágica. Não há quem não tenha passado por essa experiência. Como indivíduos superamos isso, olhamos para frente e esquecemos. Ou tentamos…
São dramas pessoais, individuais, por isso a vida segue com sal e açúcar, como deve ser.
Mas se o inimigo surge e ataca o coletivo, aí é um problema de Estado, de País, da relação de governo e sociedade.
É o que vemos hoje - dois inimigos dos brasileiros brigando pelo mesmo espaço e se auto-alimentando da mesma tragédia que eles provocam. Um é invisível, mas depende do outro para se propagar. O outro é o presidente do País, quebrando normas que impediriam que a Covid 19 fizesse das cidades um lugar para morrer.
Diferentemente do vírus que mata ricos e pobres e se apresenta como um desafio para a ciência desse tempo, Bolsonaro conscientemente abre as portas para o coronavírus se propagar.
O vírus não pensa, nem poderia ser responsabilizado por seus efeitos. Bolsonaro pensa, faz política, brinca com as instituições, faz pouco caso da vida das pessoas. É mais nocivo que o vírus, porque de certa forma o alimenta.
ASSUNTOS: Bolsonaro, COVID-19, Flávio Bolsonaro, hidroxicloroquina, STF, Coronavírus
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.