É preciso parar a rede de milícia que fomenta o ódio e divide o País
Alunos fazendo saudação nazista para um colega em uma escola de Recife talvez não assuste tanto quanto os índices de violência e os ‘possíveis’ envolvimentos do crime organizado com agentes dos poderes públicos. Mas é sintoma de grave doença no tecido social.
Uma doença que se alastra com a ascensão de políticos extremistas ao comando do país, e da sequência de adeptos ‘oportunistas’ que se engajam dia a dia a essa ideologia sombria e perigosa.
Sombria porque incita o preconceito e a violência contra as minorias, os diferentes, os fracos e até mesmo aos poderes constituídos, afrontando todo o modo de vida do país e de seu povo.
Perigosa porque tem como porta-voz o dirigente maior da Nação, que além do espaço generoso das mídias, dispõm de uma rede de milícias fomentando ódio em suas redes sociais.
Historicamente, os 75 anos da derrocada do nazismo é um tempo ínfimo, para que qualquer povo deixe rebrotar na juventude esse sentimento de ‘superioridade’ que predispõe à loucura.
A atitude do presidente de denegrir a imprensa, acusando jornalistas de mentir sobre o que ele diz, mostra que o país já vive o clima de pré-nazismo que abriu comportas ao terror de Hitler.
ASSUNTOS: Bolsonaro, direita, extremistas, general Heleno, Rede de Milicia
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.