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Reforma tributária tem potencial explosivo


Por Raimundo de Holanda

20/12/2023 19h56 — em
Bastidores da Política


  • A reforma é tão complexa que os legisladores estenderam para 2025 a entrada em vigor, com um processo de transição cuja vigência vai até 2033.

A reforma tributária foi promulgada, mas se  é motivo para comemorações pelo governo Lula, deixou amplos setores da  economia preocupados. Afinal, ninguém sabe  o que vem pela frente, com as leis complementares, estas sim, vão  definir quem vai pagar mais ou menos impostos, quem vai arrecadar mais e quem  vai perder mais. 

É a fase mais difícil da reforma e uma guerra por protagonismo é inevitável. 

Nada está garantido, nem mesmo a Zona Franca de Manaus - como pregam os parlamentares amazonenses. 

A ideia da reforma era simplificar e unificar os tributos. E  na redação da matéria promulgada nesta quarta, numa sessão tumultuada, onde não faltaram ofensas como “viadinho”, entre parlamentares, e gritos de “ladrão” para Lula,  isso tudo foi feito. O problema é a prática. 

O caso é tão complexo que os legisladores estenderam  para 2025 a entrada em vigor  e um processo de transição previsto para encerrar em 2033.

Na prática, se tinham dúvidas  sobre o que estavam aprovando, não tinham noção de potenciais consequências.

 Tudo o que queriam evitar era uma nova guerra fiscal, mas podem ter criado uma bomba, programada para explodir durante a chamado ”transição”,  que é longa, com potencial para tumultuar o processo político e a economia.

 

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ASSUNTOS: Reforma Tributásria, ZFM

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.