O eleitor rejeita um candidato quando o conhece, sabe de sua história, dos vínculos com o bairro, a cidade, o estado e o país. É como se analisasse  currículos e excluísse  aquele que não atende  aos requisitos exigidos. Mas o fato de o candidato do PT à Prefeitura de Manaus, Marcelo Ramos, aparecer nas pesquisas como aquele no qual parte substantiva do eleitorado afirma que não votaria de jeito nenhum não tem explicação.

Marcelo não é apenas preparado. Tem formação acadêmica. Foi vereador - e um bom vereador, deputado estadual, deputado federal e chegou à vice-presidência da Câmara dos Deputados, sempre adotando um comportamento ético, colocando o interesse público acima das questões pessoais.

Então, como explicar sua rejeição no nível em que as pesquisas apontam? É difícil a compreensão de um fenômeno registrado em números. 

Onde está o erro? Nas perguntas formuladas pelos institutos responsáveis pelas sondagens? No nome do candidato? Em suas referências? 

Na verdade, nada explica, exceto o fato de que talvez Marcelo não venha falando a linguagem que o eleitor gostaria que ele falasse.

De qualquer forma, a rejeição apontada nas pesquisas pode ser positiva para Marcelo. Afinal, traz uma mensagem de pessoas que  talvez não o conheçam ou não entendam o que ele fala. Ou entendam e achem que sabe muito, mas esse conhecimento não é transmitido de forma simples, direta.

Ninguém está a procura de um professor, mas de um candidato. O melhor, se possível. 

Cabe a Marcelo aprender com a rejeição e se tornar um candidato competitivo.