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Ricos pastores de ovelhas cegas


Por Raimundo de Holanda

15/01/2020 20h48 — em
Bastidores da Política



As instituições religiosas travam uma queda de braço com o presidente Jair Bolsonaro, por conta do subsídio à energia elétrica para iluminar seus templos. Nesta quarta-feira o presidente chamou os chefões da bancada evangélica Silas Câmara e RR Soares e deu-lhes um sonoro não.

Bolsonaro talvez não tenha se referido ao fato, mas os números da Receita Federal apontam uma arrecadação bilionária das principais igrejas cristãs: 20,6 bilhões, números de 2011.

Para congregar num templo evangélico, por exemplo, tem de pagar o dízimo, ou 10% de tudo o que o ‘cristão’ ganha. Lá dentro ele é induzido a fazer doações e acaba pagando o trízimo ou mais.

Com 81% dos brasileiros ‘congregando’ nas duas principais instituições cristãs no Brasil, católicos e evangélicos, as igrejas se tornaram uma das maiores fontes de renda no país.

Desde 2016, os pastores destes rebanho são definidos pela revista Forbes como multimilionários. Edir Macedo com mais de 1 bilhão de dólares.

Com tanta riqueza criaram sua própria força política e se unem a bancadas como as da “bala e do boi’ para negociar benefícios, como isenção de impostos e agora subsídio na conta de luz.

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ASSUNTOS: Assembleiade Deus, bolsonarto, edir macedo, silas camara, Silas Malafaia

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.