Saiba porque os jovens não tem sido bom exemplo na política do Amazonas
Renovação não é idade. É idéia e propósito. Não se renova a política sem ideias consistentes, colocadas como projeto para o futuro, não como instrumento usado para manipular e iludir o eleitor. Este é o grande problema dos jovens com suas escolhas marcadas pela contradição.
O que disseram ontem de ex-desafetos não vale hoje. No geral, são vitimas de conceitos errôneos e apressados sobre adversários que lá na frente se tornam aliados.
Não adianta o “esqueçam o que eu disse”. O povo não esquece.
São muitos os jovens políticos no Amazonas que substituíram o discurso da renovação por alianças oportunistas, onde aparecem pregando unidade com quem nunca se afinaram.
O resultado é o ostracismo.
Não cabe aqui citar nomes, mas pelo menos dois jovens com futuro promissor estão lutando contra a indiferença dos eleitores.
Essa lista tende a crescer depois da eleição de outubro.
O que fica de tudo isso é a impressão que os jovens foram contaminados. A política pare eles é marcada menos pelo dever cívico de servir a sociedade e muito mais pela ambição de poder.
GRUPO DE AMAZONINO
Amazonino saiu na frente dos principais concorrentes arrumando logo seu grupo político e oficializando as candidaturas para a disputa majoritária. O cacique nacional do PDT, Carlos Luppi, veio à convenção para serenar os ânimos e colocar todos juntos no mesmo barco.
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O resultado era esperado: um barco com dois comandantes experientes, Amazonino e Alfredo Nascimento, e dois imediatos já com carreiras consolidadas, Rebecca Garcia e Hissa Abraão.
MAIS TEMPO DE TV
A coligação, formada por seis partidos - PDT, PP, PR, PTB, PPS e DC -, terá 365,2s, ou 6,08m de tempo na propaganda eleitoral, mais 1022,5s, ou 17,04m de inserções diárias.
A ÚLTIMA NOIVA
Com o maior tempo na propaganda eleitoral (3 minutos) e uma militância sempre mobilizada, o PT ficou como a última ‘noiva’ da temporada eleitoral deste ano no Amazonas. Mas o partido ainda vive o dilema entre o ideológico e o fisiológico. Precisa sobreviver, sem mudar de cara.
GATO ESCALDADO
Causou ‘estranheza’ para observadores o fato de o PP não ter feito sua convenção em conjunto com o PDT. O velho ditado “gato escaldado tem medo de água fria” veio à tona. Rebecca já sofreu ‘pernada’ de último segundo e agora não quer arriscar por nada.
BASE DE DAVID
O grupo de David Almeida sonha com o PT para ganhar tempo e poder de militância, mas falta cacife para negociar com as viúvas de Lula. Ele está fazendo uma boa base no interior, mas terá de enfrentar peixes grandes para mantê-la. Na hora do ‘racha’ lobos e leões sempre se dão bem.
BRAGA, O PÊNDULO
Ainda fora do foco das convenções, o senador Eduardo Braga prefere manter sua campanha na ‘moita’, jogando escondidinho para não dar bobeira aos adversários. Correndo ‘solto’ agora ele pode se tornar o grande pêndulo da balança eleitoral, já que possui uma cota alta de eleitores.
ASSUNTOS: farsa, jovens, política
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.