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Saiba porque os jovens não tem sido bom exemplo na política do Amazonas


Por Raimundo de Holanda

29/07/2018 15h37 — em
Bastidores da Política



Renovação não é idade. É idéia  e propósito.  Não se renova a política  sem ideias consistentes, colocadas como projeto para o futuro, não como instrumento usado para manipular e  iludir o eleitor. Este é o grande problema dos jovens com suas escolhas marcadas pela contradição. 

O que disseram ontem de ex-desafetos não vale hoje. No geral,  são vitimas de conceitos errôneos e apressados sobre adversários que lá na frente se tornam aliados. 

Não adianta o “esqueçam o que eu disse”. O povo não esquece.

São muitos os jovens políticos no Amazonas que substituíram  o discurso da renovação por alianças  oportunistas, onde aparecem pregando  unidade com quem nunca se afinaram. 

O resultado é o ostracismo. 

Não cabe aqui citar nomes, mas pelo menos dois jovens com futuro  promissor  estão lutando contra a indiferença dos eleitores. 

Essa lista tende a crescer  depois da eleição de outubro.

O que fica de tudo isso é a impressão que os jovens  foram contaminados. A política pare eles é marcada menos pelo dever cívico de servir a sociedade e muito mais  pela  ambição de poder. 

GRUPO DE AMAZONINO

Amazonino saiu na frente dos principais concorrentes arrumando logo seu grupo político e oficializando as candidaturas para a disputa majoritária. O cacique nacional do PDT, Carlos Luppi, veio à convenção para serenar os ânimos e colocar todos juntos no mesmo barco.

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O resultado era esperado: um barco com dois comandantes experientes, Amazonino e Alfredo Nascimento, e dois imediatos já com carreiras consolidadas, Rebecca Garcia e Hissa Abraão.

MAIS TEMPO DE  TV

A coligação, formada por seis partidos - PDT, PP, PR, PTB, PPS e DC -, terá 365,2s, ou 6,08m de tempo na propaganda eleitoral, mais 1022,5s, ou 17,04m de inserções diárias.

A ÚLTIMA NOIVA

Com o maior tempo na propaganda eleitoral (3 minutos) e uma militância sempre mobilizada, o PT ficou como a última ‘noiva’ da temporada eleitoral deste ano no Amazonas. Mas o partido ainda vive o dilema entre o ideológico e o fisiológico. Precisa sobreviver, sem mudar de cara.

GATO ESCALDADO

Causou ‘estranheza’ para observadores o fato de o PP não ter feito sua convenção em conjunto com o PDT. O velho ditado “gato escaldado tem medo de água fria” veio à tona. Rebecca já sofreu ‘pernada’ de último segundo e agora não quer arriscar por nada.

BASE DE DAVID

O grupo de David Almeida sonha com o PT para ganhar tempo e poder de militância, mas falta cacife para negociar com as viúvas de Lula. Ele está fazendo uma boa base no interior, mas terá de enfrentar   peixes grandes  para mantê-la. Na hora do ‘racha’ lobos e leões  sempre se dão bem.

BRAGA, O PÊNDULO

Ainda fora do foco das convenções, o senador Eduardo Braga prefere manter sua campanha na ‘moita’, jogando escondidinho para não dar bobeira aos adversários. Correndo ‘solto’ agora ele pode se tornar o grande pêndulo da balança eleitoral, já que possui uma cota alta de eleitores.

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ASSUNTOS: farsa, jovens, política

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.