Quem vai definir essa eleição no dia 2 de outubro  não são os 20% do eleitorado que os institutos de pesquisa conseguiram ouvir até agora, mas eleitores que sairão de becos e ruelas onde não passam carros e os  pesquisadores  acham perigoso bater nas portas. Outro exército mais informado, mas também inatingível pelas pesquisas, sairá  de condomínios da classe média, com o numero do candidato na cabeça. O que eles pensam, quem vão escolher para governar a cidade nos próximos quatro anos é uma incógnita.

O que os institutos de pesquisa mostram atualmente é  a fotografia de uma multidão sem rosto.

A pesquisa é uma ordem de números, que o estatístico jura entender,  e uma desordem coletiva, que não raramente descamba para o descrédito. Foi o caso da eleição de 2014, onde os institutos, na sua maioria, erraram de forma grosseira o seu resultado.

A precoce polarização da disputa é ruim, porque tira também precocemente de cena alguns candidatos com potencial para atingir a linha de chegada. Mas polarização é resultado também de lances mal jogados e de espaços dados ao adversário. (RH)

UMA MULHER NA LISTA TRÍPLICE

Uma mulher, Silvana Nobre, faz parte da lista tríplice definida em eleição nesta segunda-feira por membros do Ministério Público Estadual. Foi a última colocada, mas o processo de escolha, de livre iniciativa do governador, independe  de sua classificação na lista.  O atual procurador, Fábio Monteiro, teve o dobro da soma de votos dos dois concorrentes. Foram os chamados votos de qualidade. Promotores que poderiam votar até três vezes acabaram em sua maioria votando em Fábio. Agora cabe ao governador José Melo mantê-lo ou escolher outro nome. 

FINALMENTE TIRARAM O PEDRO

Quase ‘eternizado’ no comando do trânsito em Manaus, o engenheiro Pedro Carvalho está fora do cargo desde sexta-feira, quando foi exonerado pelo prefeito Arthur Neto, A SMTU que coordena o sistema de transportes e trânsito da cidade está agora sob o comando de um militar, o major Thiago Balbi, que atuava como diretor de Transportes Urbanos do órgão na administração de Carvalho, que foi deslocado para a secretaria geral do Conselho Municipal de Gestão Estratégica.

CONQUISTA DE MELO

O governador José Melo conquistou ontem mais um ‘reforço federal’ para tocar as ações de seu governo no interior do Estado. Os recursos da ordem de R$ 40 milhões conseguidos junto ao ministro Jader Barbalho Filho, da Integração Nacional, vai levar abastecimento de água para 250 comunidades interioranas. Com isso, Melo fortalece sua imagem e o discurso de aliados seus que disputam prefeituras nos municípios.

 O FINAL DO PPS

O PPS, que já governou o Amazonas com o atual senador Eduardo Braga, acabou caindo no ostracismo político, conduzido por uma administração personalista e anacrônica. Ontem perdeu na Justiça Eleitoral o direito de participar da eleição majoritária em Manaus, por causa de uma ‘racha’ entre os diretórios municipal e regional. A direção regional vem agindo nos últimos anos para impedir suas lideranças políticas de conduzirem a sigla, transformando-o num partido ‘nanico’ com o afastamento do último deputado, Luiz Castro e seus seguidores, no ano passado.

A MARATONA DO 13

Sem ligar para o azar que o número jogou sobre o PT, o candidato petista a prefeito de Manaus José Ricardo e seu vice Yann Evanovick realizam hoje a “Maratona 13”, uma série de 13 horas de atividades de campanha em várias zonas da cidade. O dia vai começar com uma panfletagem, às 6 horas, no Distrito Industrial e terminar às 18 horas, com um minicomício na Compensa. Mas o ponto culminante será às 13h30, quando será feita a apresentação do Plano de Governo, em coletiva de imprensa no Largo de São Sebastião, no Centro. 

LIMPANDO A SUJEIRA

Faltando 18 dias para a batalha final das urnas, reina a tensão no interior do Estado onde vários candidatos a prefeituras aguardam manifestação do TSE sobre suas situações depois que o Tribunal de Contas da União divulgou uma lista negra de fichas sujas

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 Raimundo Magalhães, em Coari, Adenilson Reis (Nova Olinda do Norte), Bruno Ramalho (Carauari) e Romeiro Mendonça (/Presidente Figueiredo), dentre outros que lutam na Justiça Eleitoral pela viabilização de seus registros.

ZIKA SUMIU DO PALANQUE

Apesar de 1,5 milhão de casos de zika vírus no Brasil e de a Organização Mundial de Saúde (OMS) ter renovado a emergência sanitária internacional com relação ao mosquito, não há sinal do Aedes aegypti nas campanhas municipais em todo o País.

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No Amazonas, o Zika foi extinto da fuzarca eleitoral quando deveria aparecer nas pautas de compromissos dos candidatos preocupados com o combate aos focos do mosquito transmissor da dengue.

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Até o momento,  zika chicungunha, em pleno verão, não aparecem nas propostas dos candidatos que participam da corrida eleitoral no Estado, nem na capital nem no interior.