Saiba porque Wilson Lima sente dificuldade em defender a ZFM
Produzindo apenas 1,6% do PIB nacional, a Zona Franca de Manaus não daria a Jair Bolsonaro e sua equipe a mídia que a simples ideia de ter uma arma de fogo dá. Aliás, não chegaria a mobilizar 10% dos ambientalistas brasileiros, embora seja o maior projeto de preservação da Amazônia.
Então, por que Wilson Lima se preocupa com a 'dificuldade' que terá para defender a ZFM ante o liberalismo dos economistas do novo presidente, que não querem o modelo? É que não tem informação ou não conhece com profundidade o modelo e nem tem capital politico para negociar com o governo federal. Nem compreende que o foco tem que ser outro, até internacional, chamando a atenção para a floresta e o meio ambiente. Afinal, a Amazônia (e sua biodiversidade) desperta a atenção de todos os povos do planeta.
Mas o jovem governador parece irremediavelmente perdido e desinformado sobre o Estado que governa.
Será que os ‘economistas’ do governo do Amazonas não disseram para ele que a indústria do Estado embora represente apenas 3% do setor nacional, alavanca o crescimento da região Norte? E que essa realidade tem que ser levada ao governo federal e ao mundo? Isso não dá mídia tanto quanto um presidente apontando uma pistola, mas dá a visibilidade que o Amazonas precisa agora, desesperadamente.
O Amazonas não está nos planos de Bolsonaro, como nunca esteve nos planos de outros presidentes. Mas, estará de fato nos planos de Wilson?
BOLSONARO, 4.0 EM DAVOS
O presidente Jair Bolsonaro terá três oportunidades de discursar durante o Fórum Mundial de Davos, que reúne a elite política e econômica global, a partir de amanhã, na Suíça. O tema deste ano é a Globalização 4.0, a quarta revolução industrial pela tecnologia.
TESTE DE FOGO
Bolsonaro vai estrear no time de líderes globais num teste de fogo para o seu discurso pouco elaborado, e para a fragilidade de seus planos de governo para o desenvolvimento tecnológico.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.