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Seca, fumaça em Manaus e o discurso demagógico


Por Raimundo de Holanda

12/08/2024 20h19 — em
Bastidores da Política



Manaus vive um problema grave: a poluição do ar, provocada pelas queimadas, aliada a uma seca sem precedentes. Tudo o que poderia estar sendo debatido pelos sete candidatos a prefeito, mas o assunto em voga  é tinta - que também maquia o discurso de quem não sabe o que diz, nem tem experiência administrativa. 

A seca provoca êxodo sem precedentes - do interior para a capital - criando um problema social também grave, e um dos candidatos, o mais afoito e despreparado para enfrentar os desafios do futuro, ataca a liberdade de expressão, entrando com medidas judiciais contra aqueles que questionam seu comportamento estranho, sua soberba, sua  conduta hostil contra a imprensa, seu despreparo para administrar a cidade.

E é desrespeitoso com os adversários - nos debates chama um concorrente de doido e os demais de corruptos ou, nas palavras dele, cegos ao fechar  olhos à corrupção.

Apontando o dedo para todos que o enfrentam - vou usar uma frase bíblica que se aplica bem ao candidato - não vê a trave em seus olhos, que o  deixa vesgo e cego, incapaz de uma autocrítica, de uma reavaliação de seu comportamento.

Felizmente esse discurso - de super-honesto - é inquestionável para suas redes  sociais, formadas de bolhas que podem estourar, mas não para uma população sofrida, cansada de discursos demagógicos e de falsas promessas.

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ASSUNTOS: campanha, candidatos a prefeito, eleição 2024, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.