Secretário de Segurança deve cair como membro amputado de um corpo doente: o governo do Amazonas
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O governador Wilson Lima deve exonerar, “a pedido”, o seu secretário de Segurança, Louismar Bonates. Na prática, a saída de Bonates, programada para os próximos dias, é quase uma amputação de membro importante de um corpo doente: o próprio governo.
Bonates tornou mais tóxico o governo depois que o vice-governador Carlos Almeida, no exercício do cargo, o demitiu, alegando uma série de crimes que teriam sido cometidos pelo secretário. E são gravíssimos. Segundo o vice-governador, passam pela "extorsão, ligação com grupos de extermínio e o crime organizado".
Wilson recolocou a peça no lugar utilizando esparadrapo.
A infeção agora se espalha.
A saída de Bonates tem outros propósitos: Um deles e talvez o mais importante, evitar desgaste irreparável do governo caso se confirmem ‘boatos"de que ele seria alvo a qualquer momento, de prisão, busca e apreensão.
A “amputação" do secretário, um dos braços fortes do governo, ocorrerá em razão do alto risco de infecção generalizada.
A lesão foi identificada faz tempo. Não é um caso atípico de acidente de percurso de uma administração sem rumo. É consequência de má formação.
Nasceu com o governo Wilson Lima em 2019. E, se seus atos como secretário cheiram mal, é verdade também que essa "amputação" conduzirá a outras diante do avanço das feridas abertas no governo e do risco de septicemia. Não tem quem resista a tantos escândalos.

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.