A situação do secretário de Saúde, Pedro Elias, se complicou com a divulgação de conversa telefônica que indica uma relação no mínimo promiscua com o médico Mouhamad Moustafa, preso na Operação ‘Maus Caminhos’. Elias era mimado com favores de Mouhamad, como o de se hospedar em suíte de luxo em hotel de São Paulo, com diárias pagas pelo médico. Agora o secretário será forçado a comparecer à Assembleia Legislativa sob pena de multa. Se deixar o cargo ou for demitido, a situação piorará muito, pois pode ser levado coercitivamente. Caso resista, pode ser preso.

Os deputados resistem à criação de uma CPI para apurar supostos desvios na saúde, mas aprovaram o requerimento da deputada Alessandra Campelo que convoca  Elias a dar explicações. Alessandra joga para a plateia e aposta  nos dividendos políticos de um jogo cujas regras ela escreve ao seu modo.  (RH)

A POEIRA CONTAMINANTE

Os grupos políticos que disputam a prefeitura de Manaus estão varrendo para o alto a poeira que estava escondida sob .tapetes. É uma poeira contaminante, que pode fazer muitas vitimas (dos dois lados) até 30 de outubro, dia da eleição.

CONCHAVOS

Mas se a disputa pelo poder na política leva a excessos nas campanhas eleitorais, em outras atividades, como nos esportes, são os ‘conchavos’ quer permitem a ‘quase perenidade’ nos cargos de direção. Há 17 anos no comando do Comitê Olímpico Brasileiro, Carlos Arthur Nuzman foi reconduzido ao cargo no início deste mês. A renovação por lá é tão difícil, que já em 2012 Nuzman afirmava em entrevista à revista Veja: “Sem querer ser arrogante nem melhor ou pior do que ninguém, é preciso lembrar que não havia e não há ninguém tão preparado para esse cargo (presidente do COB) como eu”. Quatro anos depois, ninguém ‘foi preparado’.

 IDH E CORRUPÇÃO

O presidente do TCE, Ari Moutinho, comemorou os 66 anos do tribunal demonstrando preocupação com a melhoria do IDH no Amazonas. E para demonstrar o que tem a ver o TCE com o IDH estadual, Moutinho foi professoral: “Estamos combatendo licitações fraudulentas, fazendo com que obras inacabadas sejam concluídas e afastando gestores desqualificados que fazem gestões desastrosas”. Só não explicou o porquê de muitos desses gestores continuarem concorrendo às eleições e causando verdadeiros ‘estragos’ no IDH e nos recursos dos municípios.