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Segundo turno em Manaus revela o falso brilhante


Por Raimundo de Holanda

13/10/2024 22h00 — em
Bastidores da Política



Quando a verdade morre, deixa no seu caminho muita gente órfã de crenças que pavimentavam o caminho da esperança. É difícil lidar com tanta desilusão, com expectativas do bem e depois se deparar com decepções provocadas por aqueles que pregavam a necessidade de transformar a sociedade, engessando o conformismo reinante para que todos pudessem se libertar, falar, contestar, ter espaço em um eventual governo compartilhado pelos cidadãos.

Essas decepções aconteceram em tempo muito rápido. Primeiro partiram  de Amom Mandel,  que abdicou de suas crenças e se aliou a grupos de ódio. Foi uma atitude dele, pessoal e que tinha de ser respeitada. 

Seu pecado foi buscar convencer amigos e admiradores que caminhassem com ele para o abismo.

" Você ainda gosta de mim?" Perguntou para uma multidão silente que caminhou com ele ao longo do primeiro turno. E o silêncio não se desfez.

O  brilhante que carregava era falso, assim como suas ideias, suas propostas. Conversei com alguns jovens que o seguiam e notei lágrimas em seus olhos. Vi sofrimento, decepção, dor.

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As decepções não pararam aí. Uma professora, candidata a substituir eventual prefeito de Manaus, confessou que devia IPTU e que era normal dever. Não é normal, professora.

E o candidato  Alberto Neto, que é capitão, admitiu que votou sim contra os empregos da Zona Franca de Manaus. Não teve a coragem de dizer que essa foi uma imposição do PL de Bolsonaro e Waldemar Costa Neto, aos quais deverá obedecer, caso seja eleito.

Mas felizmente são dois candidatos disputando a vaga de prefeito. O eleitor pode achar que os dois são ruins, mas  certamente sabe que um deles não votou contra a Zona Franca de Manaus e nem pertence o grupos de ódio. 

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ASSUNTOS: Alberto Neto eleição 2024, amom mandel, Bolsonaro, David Almeida

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.