Servidores encaram governo do AM e resolvem parar o Estado
A queda de braço entre o governo do Amazonas e servidores que tiveram os salários congelados começou com o anúncio neste sábado de paralisação geral marcada para a próxima quinta-feira, e que deve durar apenas 24 horas.
A medida é uma sinalização de que os servidores estão dispostos a radicalizar, caminhando para uma greve geral - que se parar o Estado por semanas, afetará em cheio o cidadão que precisa de socorro médico e dos filhos na escola.
O que impressiona é a falta de reação do governo ou da percepção de que a crise alardeada tenderá a aumentar à medida que a máquina, cujo combustível são os servidores - parar de funcionar.
MAU NEGÓCIO
Está sendo visto com preocupação por empresários e economistas a decisão da Assembleia Legislativa de autorizar o governo do Amazonas a ceder créditos decorrentes de royalties e participações especiais relacionados à exploração do petróleo e gás natural.
@@@
Esse é um dinheiro que entrará ainda este ano nos cofres do Estado, com forte ágio, o que significa que bancos e empresas que entrarem no negócio vão lucrar muito, enquanto o Estado verá seu caixa encher de moedas mas esvaziar rapidamente.
E DEPOIS?
A pergunta que fica é: e o depois, quando o caixa esvaziar, de onde virá o dinheiro ja que os royalties estarão em mãos de bancos e empresários com forte influência no governo ?
ASSUNTOS: Amazonas, greve geral, Manaus, protesto, wilson lima
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.