Compartilhe este texto

Caso do delegado Sotero: um crime, uma verdade e dois peritos em lados opostos


Por Raimundo de Holanda

28/10/2019 21h24 — em
Bastidores da Política



A guerra de peritos marcada para esta terça-feira no julgamento do delegado Gustavo de Castro Sotero expõe a fragilidade de uma profissão que, em tese, está a serviço da justiça.Visões diferentes sobre o mesmo fato apenas indicam que vemos o que queremos ver e que a verdade  não serve à justiça. Criar uma “verdade” invisível  para interferir na decisão dos jurados  agride direitos da vítima e configura uma segunda violência que precisa ser contida.

Além dos peritos, que vão atuar como assistentes de defesa e acusação, dois atores importantes no palco - os advogados. O papel de um deles é convencer os jurados de que Sotero, que matou Wilson Justo Filho e feriu outras duas  pessoas, na verdade é a grande vítima dessa história.

O outro,  precisa demonstrar  que o delegado  é criminoso e deve ser condenado.

Não será  uma tarefa fácil, pois num Tribunal do Júri quem decide o destino de um homem - se é inocente ou culpado - são sete jurados.  O resultado desse julgamento vai depender menos da verdade e mais do desempenho desses dois atores e de seus coadjuvantes peritos-assistentes.

VEJA AS CENAS DO CRIME​

JUIZA MEDE SAIAS COM RÉGUA

A juíza que proibiu minissaia e top em Barreirinha extrapolou? Nem tanto. No fórum de Iguaba Grande (RJ) a juíza Maíra Valéria Veiga de Oliveira manda seguranças medir com régua as saias das advogadas que frequentam o local a trabalho. Mais de 5cm acima do joelho é barrada.

Siga-nos no

ASSUNTOS: delegado sotero, matou advogado, Porão do Alemão, tribunal do júri

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.