O distanciamento de Wilson Lima das decisões de governo e o vazio de poder que isso acarreta vem provocando discussões sobre eventual processo de impedimento do governador. Mas há justificativas que balizem a abertura de um procedimento extremo  para afastar do cargo um governador legitimamente eleito  e com apenas sete meses de mandato ? Penso que não, mas  à medida que se acumulam irregularidades em contratos e as ligações perigosas que dai derivam, não está longe de aparecer a brecha  para uma denúncia por crime de responsabilidade.

ESTRADA PAVIMENTADA - Caso isso ocorra - e a estrada está sendo pavimentada imprudentemente pelo próprio governador, pouco afeito as responsabilidade que o cargo exige - terá inicio uma fase  inédita na história política do Estado, da qual seus principais atores serão, de um lado, a sociedade  civil organizada; de outro,  o Poder Legislativo, a quem compete acatar eventual denúncia ou  arquivá-la.

UMA FOTO NA PAREDE - Isso, por enquanto, é uma possibilidade, mas o fato de estar sendo discutida em rodas de empresários e servidores públicos, já indica o desenho de um quadro perigoso que pode tornar Wilson uma simples figura na parede, como o primeiro governador do Amazonas afastado do cargo pelo processo de impeachment.

13o SALÁRIO PAGO

A Cosama - Companhia de Saneamento do Amazonas, o maior cabide de empregos do Estado, funciona como se fora uma empresa de economia mista, com participação de capital privado. Mas na verdade é bancada 100% pelo Estado, conforme  documentos abaixo. Custa mensalmente R$ 1,7 milhão   ao contribuinte só com folha de pagamento.

 Pois não é que a Cosama pagou a parcela do 13o aos seus funcionários!!! O dinheiro saiu da fonte 100 - Estado - conforme  você pode constatar abaixo. E o 13o dos demais servidores, por que não sai ?