Slogans que seduzem ou afastam o eleitor
O slogan da campanha do senador Eduardo Braga “Agora tem jeito”, é similar ao adotado por Marcelo Ramos, seu vice, na eleição de 2016: “Tem dinheiro, dá para fazer”. A campanha de Marcelo não empinou, embora o slogan tenha se transformado em meme nas redes sociais. É que ontem, como hoje, o eleitor sabe que não há dinheiro, nem dá para fazer o que vem sendo prometido. Não em um estalar de dedos.
Pode estar desconfiado agora de que é cada vez mais difícil “dar jeito” a um estado desorganizado, do ponto de vista politico e econômico.
O “Movimento pela reconstrução do Amazonas” , de Amazonino Mendes, pode pegar, associado ao AMA que ele adotou nas últimas inserções na TV e no Rádio, mas arrumar a casa, como ele quer, se aproxima muito do “tem jeito”, o modo peculiar do senador Eduardo Braga olhar os problemas que ele mesmo diz ser quase insolúveis, considerando o momento de baixa expectativa de arrecadação para os próximos meses.
Porém, se slogan não ganha eleição, sua fixação pode leva o eleitor a identificar o candidato. Mas também pode isolá-lo.
O fato de Amazonino surfar com o 12 - doze meses para mudar a saúde, a segurança, a educação, é interessante, assim como a campanha de Eduardo brinca com o 15.
O slogan de Rebecca - Coragem para governar - revela certa insegurança. Ficaria melhor com “Competência para governar”. Mas o que é um slogan, senão uma marca, um conceito que os políticos usam para turbinar a campanha, Por isso tem que entrar no ouvido e na alma do eleitor. Senão não pega ou vira um meme às avessas.
Mas ninguém foi tão bom nem tão ruim na escolha dos slogans nessa campanha. Zé Ricardo, com o “seu compromisso com o povo”, deixa dúvida se esse compromisso é novo ou antigo.
Wilker Barreto não inovou com o “União pelo Amazonas”. O slogan se esgota nas alianças que fez e no reduzidíssimo tempo de televisão.
Luiz Castro, com seu “Começo por uma grande mudança” foi mais criativo, mas tem pouco espaço de tv para explicar como essa mudança se daria caso ganhasse a eleição e assumisse o governo .
POSSE DE DROGA NÃO É CRIME
Pois é. Essa é nova, mas foi a decisão adotada pela ministra Laurita Vaz ao conceder liminar para que um estudante preso preventivamente após ser flagrado com tabletes de maconha aguardasse o julgamento em liberdade. Ele portava somente 192 gramas da drogas: “isso não é motivo para manter s prisão”, disse a ministra. E o rapaz foi pra casa…
COITADO DO LULA
Lula finalmente foi condenado pela Lava Jato. O receio maior do ex-presidente se refere à proibição de exercer cargo público, que faz parte da sentença do juiz Sérgio Moro na condenação do ex-presidente do Brasil a nove anos e meio de prisão.
OLHA DE ONDE VEIO A DEFESA
A defesa mais forte do presidente Michel Temer partiu do homem considerado um dos políticos mais corruptos do país: o deputado Paulo Maluf. Para ele, “Temer nada mais fez que sua obrigação” quando arrecadou recursos para o seu partido. Palavra de expertise.
1.7% PARA A DPE-AM
Conforme emendas de diversos deputados, deverá ficar em 1.7% (R$ 100 milhões) a elevação da receita orçamentária da Defensoria Pública do Estado do Amazonas na LDO-2018. A Assembleia Legislativa vota a matéria nesta quinta-feira (13).
PROFESSORES PRESSIONAM
Professores da UEA prometem lotar hoje as galerias da Aleam e pressionar os deputados a aprovar emenda do deputado Dermilson Chagas (PEN) que concede autonomia orçamentária à universidade.
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.