Sobre a cassação de Deltan Dellagnol pelo TSE
Confesso que fiquei surpreso com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de cassar o mandato do deputado Deltan Dellagnoll (Podemos-PR), alegando que ao antecipar sua saída do Ministério Público antes que o CNMP avaliasse 15 procedimentos interpostos contra ele, “manobrou para fraudar a lei”.
Houve uma evidente propensão da Corte Eleitoral em cassar o deputado, um dos símbolos da Lava Jato, enterrada de forma reversa pela mudança de entendimento da Suprema Corte sobre a operação. O Ministro Edson Fachin se debruçou em detalhes de relevância menor para anular processos movidos contra acusados de corrupção.
Resultado: todos estão soltos, enquanto a Lava Jato, que cometeu excessos, mas mostrou as feridas expostas de um País inteiro, está sendo jogada no lixo da história. A cassação de Deltan é um excesso, compreensível numa "nação democrática"que insiste em andar para trás.
Mas a história não fala apenas do passado ou do presente. Fala dos que ressurgem como Fênix num futuro previsível...
ASSUNTOS: cassação, Deltan Dellagnol, Lava Jato, TSE
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.