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Sobre a cassação de Deltan Dellagnol pelo TSE


Por Raimundo de Holanda

16/05/2023 21h06 — em
Bastidores da Política



Confesso que fiquei surpreso com a decisão do Tribunal Superior Eleitoral de cassar o mandato do deputado Deltan Dellagnoll (Podemos-PR), alegando que ao antecipar sua saída do Ministério Público antes que o CNMP avaliasse 15 procedimentos interpostos contra ele, “manobrou para fraudar a lei”. 

Houve uma evidente propensão  da Corte Eleitoral em cassar o deputado, um dos símbolos da Lava Jato, enterrada de forma reversa pela mudança de entendimento da Suprema Corte sobre a operação. O Ministro Edson Fachin se debruçou em detalhes de relevância menor  para anular  processos movidos contra acusados de corrupção.

Resultado: todos estão soltos, enquanto a Lava Jato, que cometeu excessos, mas mostrou as feridas expostas de um País inteiro, está sendo jogada no lixo da história. A cassação de Deltan é um excesso,  compreensível numa "nação democrática"que insiste em andar para trás.

Mas a história não fala apenas do passado ou do presente. Fala dos que ressurgem como Fênix num futuro previsível...

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ASSUNTOS: cassação, Deltan Dellagnol, Lava Jato, TSE

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.