Sobre o julgamento de Adail Pinheiro pelo TRE e as ofensas ao relator
- Para além do passivo de Adail, acusado de improbidade (e outros "casos") - é bom compreender o papel do TRE e como os juízes da Corte avaliaram as provas contidas nos autos.
O prefeito eleito de Coari, Adail Pinheiro, vai ser diplomado e tomar posse. Ficou para trás uma série de suspeitas sobre o candidato e um julgamento polêmico, com ofensas de advogado ao relator do caso, Juiz Cassio Borges. Foram quatro votos a dois.
Não devem ser toleradas ofensas a magistrados em julgamento - como fez o advogado Raione Cabral Queiroz, que terminou levado à Polícia Federal.
Descontentamento com decisões judiciais sempre haverá, mas tribunais existem exatamente para que as partes mostrem onde divergem de forma respeitosa, republicana. Dizer que o juiz agiu como advogado de Adail não é apenas uma agressão pessoal, é uma grave ofensa ao tribunal, porque uma tentativa de descontruir sua imparcialidade.
Para além do passivo de Adail, acusado de improbidade (e outros "casos") - é bom compreender o papel do TRE e como os juízes da Corte avaliaram as provas contidas nos autos.
Se a decisão foi favorável ao prefeito eleito de Coari, cabe respeitar a medida ou recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral. Há caminhos para desfazer uma decisão com a qual a outra parte não concorda.
A agressão moral ou física, não está entre eles.
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ASSUNTOS: Adail Pinheiro, Cássio Borges, Coari, TRE-Am
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.