Compartilhe este texto

Time do candidato Alberto Neto já fez gol contra Manaus


Por Raimundo de Holanda

11/10/2024 21h20 — em
Bastidores da Política


  • "Ninguém no Brasil nunca fez merda em nome do Capeta, da Maconha ou da Sacanagem. Toda vez que mataram, escravizaram e torturaram foi em nome de Deus, da Pátria e da Família". Gregório Duvivier

Numa de suas recentes postagens no Facebook, o candidato a prefeito de Manaus, Alberto Neto,  disse que "só existe uma direita de verdade em Manaus, e que "nós somos o time de Bolsonaro, o time que acredita em Deus, na Pátria, na Família e na liberdade". 

Essa declaração, que é uma elegia ao atraso, me lembra o livro  de Esther Solano Galeggo - O Ódio, Como  Política. A Reinvenção da Direita no Brasil. Está disponível para leitura no celular ou Ipad, na Apple Store.  

A apresentação é do psicólogo Gregorio Duvivier, que encerra com uma frase trágica e atual: "ninguém no Brasil nunca fez merda em nome do Capeta, da Maconha ou da Sacanagem. Toda vez que mataram, escravizaram e torturaram foi em nome de Deus, da Pátria e da Família".

Alberto não é uma pessoa ruim, apenas está em um time que foi cúmplice da matança na covid, capitaneado à época por um presidente negacionista, que induzia a população a não tomar vacina porque quem o fizesse, dizia, poderia virar jacaré, mas que  às escondidas se vacinou contra o vírus mortal, enquanto milhares de brasileiros morriam.

Esse ex-presidente, com todos os pecados que carrega em nome de Deus, da pátria, da família e da liberdade, estará em Manaus nos próximos dias - a cidade para quem ele virou as costas em um momento dramático da pandemia.

Ao dizer que faz parte desse time, Alberto se torna cúmplice de tudo o que seu guia maior, seu mestre, seu professor, seu ídolo, o mito como ele costuma chamar, cometeu em nome, vejam a ironia, de Deus, da Família e da Liberdade. Manaus não merece... 

Siga-nos no

ASSUNTOS: Bolsonaro, Capitão Alberto Neto, eleições 2024, Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.