Um mundo desconectado e o caos - o pior dos cenários
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Moro em um lugar especial, no qual o Sol nasce entre as árvores e os pássaros copulam em pleno voo. Um lugar de folhas mortas no chão, mas que fertilizam a terra na qual acostumei a pisar descalço. Penso em quantos passaram por aqui e ouviram os mesmos sons, a luz infiltrando pelos galhos do mulateiro, vozes estranhas trazidas pelo vento frio da madrugada . A vida é bela - essa frase foi repetida milhões de vezes - mas a gente faz dela uma tragédia.
Saio da área externa, volto para casa e ligo o computador. Nada novo - guerra na Ucrânia, Lula raivoso, Janja governando, Alexandre de Moraes mandando prender, Hadadd confuso, sem saber o que fazer com a economia - matérias de ontem, requentadas para hoje.
Nada muda, exceto a sensação de que alguma coisa ruim vai acontecer. Uma bomba atômica detonada por um Putin ameaçado e desesperado com os reveses sofridos na Ucrânia? Pior que isso: imagino que não está longe uma pane geral da internet, a mudez do mundo digital, provocado por guerras entre nações poderosas.
Uma catástrofe, porque não estamos nos preparando para um evento como este, num mundo conectado, onde tudo depende do celular e das redes de comunicação existentes.
Estamos avançando muito rápido na digitalização das moedas. Mas sem elas, num mundo isolado, sem comunicação, desconectado inesperadamente, morremos mais depressa, depois de um grande caos. Será que os governos não estão pensando neste momento possível ?
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.