Um psicopata na escuta
No inicio eram os arapongas, espiões que “plantavam microfones dentro das casas para ouvir e gravar cidadãos em nome da segurança pública. Controlar pessoas, banir desafetos sempre foi uma das prioridades dos governos.
Agora é possível invadir celulares e ouvir tudo o que você fala com tecnologia israelense e indiana.
Governos, ministério público e tribunais já dispõem dessa tecnologia que poderia servir de fato à sociedade, mas nas mãos de servidores psicopatas, que veem terroristas em seus pesadelos, tudo se transforma num inferno, numa invasão de privacidade sem limites.
No caso do ministério público e dos tribunais, o controle sobre o uso dessa tecnologia é zero.
O monitoramento e escuta do ex-vice presidente da Câmara dos Deputados, Marcelo Ramos, pela Agência Brasileira de Inteligência- ABIN - é só um exemplo do uso de uma tecnologia que embora estivesse sob domínio do Estado, servia a um grupo de psicopatas, dispostos unicamente a provocar intrigas, arruinar famílias, invadindo a intimidade de adversários .
Até quando os brasileiros vão tolerar esses excessos ?
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.