O vazamento de operação da Polícia Federal em Manaus
É raro uma operação da Polícia Federal vazar, como ocorreu na noite de quarta-feira em Manaus, horas antes da prisão de 26 pessoas acusadas de participar de uma organização criminosa que facilitava a extração ilegal de madeira na região. Na quarta-feira à noite a cidade não dormiu, como se todos de alguma forma tivessem um pecado guardado. A operação deflagrada no dia seguinte e batizada de Arquimedes, foi um alivio. A elite, cercada de segredos, pôde respirar, apesar do ambiente contaminado pela prisão de um ex-presidente do Ibama.
Ao contrário das operações da Polícia Civil, que se concentram nas favelas, as da Federal têm como alvos condomínios de luxo, que na prática funcionam como centros de poder politico e econômico, por abrigarem empresários, políticos, funcionários graduados que em algum grau - não todos - azeitam a máquina pública para contemplar interesses privados.
Mas o vazamento da operação, embora não se soubesse os alvos até o momento de sua execução no dia seguinte, não teria sido proposital? A intenção não seria medir o grau de tensão de uma cidade onde o dinheiro corre como em lugar nenhum e onde público e privado se confundem ? Talvez. Mas se foi isso, foi 'maldade' da Polícia Federal tirar o sono de tanta gente…
MIL HOMENS SEM PÊNIS
A noticia de que cerca de mil homens têm o pênis amputado no Brasil a cada ano é um fato que em si mesmo exige dos governos uma ampla campanha de esclarecimento sobre higiene e outros cuidados. E a razão da falta de uma política de prevenção reside no fato de que a resistência dos homens de buscar tratamento e se informar é grande. .Outro tipo de câncer que afeta muitos homens - são centenas de milhares os casos - é o de próstata, porque há resistência ao exame hoje considerado eficaz para detectar a doença: o toque retal que é motivo de preconceito e constrangimentos.
ASSUNTOS: Amazonas, Ministério Público Federal, operaçãio arquimedes, orfanizaçao criminosa, Policia Federal
Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.