Violência, amor e ciúme
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Uma mulher surta e corta o pescoço de um taxista no interior do Amazonas.
São episódios da vida real que ganham a mídia diariamente e revelam conflitos, familiares ou não, mas que colocam homens e mulheres no mesmo nível de violência.
Claro que os delitos cometidos pelos homens são em maior grau - mais eles do que elas resistem a uma separação. Mais eles do que elas matam. Mais eles do que elas morrem como formigas - produto de outros conflitos: drogas, tráfico, brigas de rua e ciúmes.
Ah, ciúmes!
Homens se acham no direito de amar outras mulheres, mas não aceitam que as mulheres amem outros homens.
A ideia de traição não desestabiliza tanto as mulheres, mas os homens entram em crise, sofrem e, na maioria das vezes, matam.
Por isso o tecido jurídico produzido no Brasil para proteção das mulheres é um guarda-chuva necessário.
Não é uma guerra de sexo, mas se fosse, as mulheres estariam ganhando - cada dia uma nova lei garantindo direitos se somam ao escudo de proteção criado pelos legisladores.
Somando direitos de um lado e de outro, o homem perdeu a proteção do estado - tem menos garantias legais e foi transformado em cidadão de segunda classe. E pode piorar. O mundo é das mulheres. Os homens que se cuidem.
ASSUNTOS: amor, ciúme, femininicídio, mulher

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.