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Você vai pagar a conta pelo excesso de bondade dos pré-candidatos


Por Raimundo de Holanda

07/06/2024 20h44 — em
Bastidores da Política



A proposta de ônibus gratuito aos domingos ou a criação de um auxílio permanente para famílias pobres, feita por pré-candidatos à Prefeitura de Manaus são exemplos de política pública equivocada, que deve ser combatida no seu nascedouro. Primeiro, porque produz mais pobreza; segundo porque é uma conta que será paga pelo contribuinte. Nada é de graça.

O que eles eventualmente poderão comandar na prefeitura, caso eleitos, é um orçamento já pequeno - de R$ 9 bilhões/ano, para fazer frente à demandas de uma  população de 2,2 milhões de  habitantes. 

De onde tirar o dinheiro para as "bondades" oferecidas em campanha? Os pré-candidatos falam da boca para fora, não conhecem o orçamento, as despesas com pessoal, com manutenção de escolas, postos médicos, as dívidas feitas por gestões anteriores junto a banco que chegam a milhões de dólares.

O prefeito de Manaus, em qualquer época, tem sido um homem engessado, entre a vontade de fazer e a possibilidade de fazer. No geral, frustra a grande maioria da população que ainda acredita que o milagre anunciado em campanha vai fazer pão e mel caírem do céu.

O anúncio de bondades tem o condão de gerar votos, mas não beneficia os mais pobres, que continuarão miseráveis. Beneficia políticos de má fé ou desinformados e ao mesmo tempo cheios de más intenções. Que o eleitor esteja atento ou vai terminar ouvindo alguém mandá-lo beber água. Se isso ocorrer, não beba. É veneno puro.

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ASSUNTOS: Amazonas, candidatos, eleição 2024, prefeito de Manaus

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.