Compartilhe este texto

Wilson Lima e a solidão do Poder


Por Raimundo de Holanda

06/07/2020 21h46 — em
Bastidores da Política



Wilson Lima começa a experimentar a solidão do poder. Vive - a não ser que aconteça um milagre -  os últimos dias de um sonho, que começou naquele  28 de outubro de 2018, quando as urnas se abriram revelando que mais de um milhão de eleitores  sufragaram seu nome como  governador do Amazonas.

Para um jovem de 30 anos, locutor de rádio em Santarém e Itaiutuba, no Pará, e depois apresentador de TV no Amazonas, a eleição não foi apenas um milagre, foi produto de um evento relacionado ao apelo popular pelo novo.

Ele tomou posse em 1º de janeiro de 2019, sem nunca ter assumido...

Wilson ainda pode evitar o abismo para onde está sendo levado, mas a cada dia fatos novos o empurram ladeira abaixo.

Fora as investigações da Policia Federal e do Ministério Público Federal, Wilson enfrenta uma CPI que apura corrupção na saúde.

Não é pouco para quem perdeu apoio popular e construiu uma bancada que agora percebe que é composta por girassóis.

@@@

Os depoimentos de integrantes do governo à CPI da Saúde  são feitos de forma desconexas e incriminam o governador.  Ainda que altos funcionários tentem defender o governo, as contradições indicam que afinal estão ali para delatar.

Exemplos são muitos - Do secretário Executivo de Saúde, João Paulo, a marqueteira,  jornalista e “mui amiga” de Wilson. Carla Pollake.

O depoimento de Pollake nesta segunda - feira foi um desastre - do ponto de vista criminal e político. Ela admitiu que se intrometia nas ações do governo com a permissão do governador, mas que não era remunerada por isso.

Saiu da comissão sob a suspeita de ser mais do que amiga do governador.

 

Siga-nos no

ASSUNTOS: CGU, CPI da Saue, Manaus, Ministério Público Federal, Policia Federal, respiradores, wilson lima

Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.