Wilson Lima foge dos problemas e enterra o ‘novo’
Um mês e cinco dias do governo Wilson Lima parece o encerramento de um ciclo. Um governo que inicia e se revela incapaz de construir um caminho sólido para o Estado decepciona os eleitores e enterra precocemente a esperança na mudança de costumes manifesta nas urnas.
Wilson não disse ainda a que veio, não tem projeto, não tem iniciativa, não tem equipe, não tem discurso. Não é apenas a imagem de um governo que nasce como uma criança prematura com dificuldade de respeitar que precisa ser refeita.
É a imagem de homem no qual um milhão de amazonenses depositaram suas esperanças que está seriamente abalada, seja porque administrativamente se perdeu, seja porque até sua intimidade foi invadida. E sem que manifestasse reação.
FUGINDO DO POVO
Wilson Lima aproveitou o chuvisco que caía na manhã desta terça-feira para fugir dos protestos que o aguardavam desde cedo na entrada da Assembleia Legislativa. “Cortou’ caminho pela entrada da garagem dos deputados, enquanto a tropa esperava para a revista oficial do mandatário.
É uma ação que vem se repetindo há mais de mês: a fuga dos problemas através de ‘atalhos’, carimbados como rombos por sua equipe econômica, que ainda não sabe como governar.
ENCOBRINDO A INCOMPETÊNCIA
Na tribuna da Assembléia Legislativa Wilson Lima confirmou sua preferência em encobrir a incompetência de seu governo, apontando os erros do passado, enquanto espera uma solução mágica vinda da produção do seu programa.
BRONCA NELE
Wilson , que nunca precisou correr para solucionar uma ‘bronca’ levado ao auditório da TV, agora se enrola quando encontra pela frente uma bronca estampada em rostos, faixas e cartazes.
Talvez Wilson achava que, com 1 milhão de votos, se tornaria o “Rei do Pedaço” e governaria de um auditório ‘passando’ todos os problemas para a produção resolver. Não é assim que funciona.
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Raimundo de Holanda é jornalista de Manaus. Passou pelo "O Jornal", "Jornal do Commercio", "A Notícia", "O Estado do Amazonas" e outros veículos de comunicação do Amazonas. Foi correspondente substituto do "Jornal do Brasil" em meados dos anos 80. Tem formação superior em Gestão Pública. Atualmente escreve a coluna Bastidores no Portal que leva seu nome.