Acusado de assediar sisters no BBB20, Petrix já denunciou treinador por abuso
Acusado por internautas de assediar algumas sisters no BBB 20, Petrix já protagonizou outro escândalo envolvendo assédio, mas como vítima.
O ginasta foi um dos 40 atletas que denunciou o técnico de ginástica artística Fernando de Carvalho Lopes, em abril de 2018. O primeiro denunciante do caso foi um menino de 13 anos. Depois disso, outras vítimas também relataram casos semelhantes.
"Já acordei com ele, não sei quantas vezes, com a mão dentro da minha calça", afirmou Petrix em entrevista feita na época.
Os relatos da maioria diziam que Fernando, além de fazer perguntas sexuais e as justificando como parte do treinamento, fazia os meninos se masturbarem em sua frente, muitas vezes pegando em seus órgãos genitais. Ele também teria começado a se masturbar enquanto uma das crianças se alongava durante o treino. Os abusos aconteciam em grande parte no banheiro.
Campeão panamericano em 2011, Petrix era já na época o nome mais conhecido entre os denunciantes. Ele passou seis anos com o técnico, e tinha 13 anos quando não aguentou mais e pediu para deixar de trabalhar com Fernando. "Ele sempre perguntava como estava nosso desenvolvimento. Eu tinha 10, 11 anos, e ele (alegava que) precisava acompanhar nosso crescimento, então dizia que a gente precisava mostrar o pênis. Eu era o queridinho. Ele tinha uma paixão por mim que eu nunca soube explicar. E todos viam e sabiam disso", disse à época, em entrevista ao "Fantástico". "Toda vez que eu ia dormir, na casa dele ou no hotel, ele queria dormir comigo na cama, mas aí eu ia dormir no chão. E ele falava: "não, fulano vai para o chão e o Petrix vai dormir na cama comigo". Todo mundo me olhava, e às vezes tentavam me tirar, mas ele não deixava. Era uma coisa comigo, e eu ficava sufocado, sufocado, sufocado.".
Julgado no Pleno do STJD da ginástica, Fernando foi banido do esporte em 2019. As acusações das 40 vítimas eram de que os assédios aconteceram entre 1999 e 2016. Em outubro, ele tornou-se réu do processo que corre desde 2016 na 2ª Vara de São Bernardo, indiciado pelo MP por estupro de vulnerável e agravante pela relação de poder em relação às vítimas. Caso condenado, ele pode pegar pena entre 54 anos a até 150 anos de prisão.
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