O cabo da Polícia Militar do Amazonas, William Alves Damião Ramos, de 27 anos, e os garimpeiros Luiz Gonzaga dos Santos Filho, 53, e Vivaldo de Souza Moura, 36, foram presos em flagrante na noite da quarta-feira (19), após assaltar e espancar um sargento da PM e um agente penitenciário de Roraima, na BR-174 (Manaus-Boa Vista), no sentido Pacaraima. Há um quarto suspeito envolvido, que está sendo procurado pela polícia.

De acordo com a Polícia Militar de Roraima, o assalto aconteceu por volta de 22h50, quando o agente penitenciário seguia na rodovia no sentido Pacaraima e a gasolina de seu carro acabou. Ele ligou para o  cunhado, que é sargento da PM em Roraima, e que por sua vez foi de Boa Vista até o local para ajudá-lo.

Os dois estavam retornando a Boa Vista quando os quatro suspeitos, divididos em dois carros - uma L-200 e um prisma, com placas adulteradas - fecharam as vítimas na rodovia, simulando uma abordagem policial, usando armas para exigir dinheiro e as agredindo a socos e coronhadas. 

Após levar as armas e os veículos das vítimas, o quarteto as abandonou na rodovia próxima à região do Murupu. 

Conforme o capitão da PM de Roraima, Diego Bezerra, a suspeita é de que o grupo tenha errado o alvo.

Dois dos suspeitos foram avistados em Boa Vista, quando a polícia realizava buscas no veículo abandonado da vítima, que foi encontrado no bairro de Aracelis. Eles passaram no L-200, e foram abordados pela PM, e em seguida presos, indicando onde estavam os outros dois comparsas, em uma residência no Pintolândia. No carro, foi encontrada ainda uma carteira de advogado, da OAB do Amazonas.

Foi onde o cabo da PM do Amazonas foi preso, mas não informou onde estava o último envolvido. Outro detalhe apontado pela PM de Roraima é que o cabo preso teria faltado serviço em seu estado. 

Leia na íntegra a nota do Comando Geral da Polícia Militar do Amazonas sobre o caso: 

O Comando Geral da Polícia Militar informa que o fato envolvendo um cabo da PM, suspeito de participação em um assalto em Boa Vista/ Roraima, será conduzido pela Diretoria de Justiça e Disciplina da Instituição (DJD), que abrirá um procedimento para apurar o ocorrido e tomar as medidas disciplinares que o caso requer. Informamos ainda que com a prisão em flagrante, o policial também responderá a processo criminal.

A Polícia Militar não compactua com abusos, excessos e comportamentos que contrariem a lei e a ordem. A Corporação preza sempre pelo bem comum, com o dever de servir, proteger e preservar os direitos individuais e coletivos.