Talma Bauer, o chefe do gabinete do deputado federal Marco Feliciano, foi preso nesta sexta-feira (5) pela Polícia Civil de São Paulo, suspeito de ter mantido uma jovem em cárcere privado em um quarto de hotel.

Segundo o delegado Luiz Roberto Hellmeister, será pedida a prisão temporária de Talma por sequestro, coação e ameaça. 

As denúncias da estudante de Direito, Patrícia Lelis, militante do PSC, partido de Feliciano, vieram à tona na internet nesta semana, após serem publicados prints de supostas conversas dela com Marco Feliciano, relatando que sofreu um abuso sexual do deputado e pastor. Nesta quarta-feira, vazaram na internet áudios em que ela conversa com Talma, e relata que foi estuprada por Feliciano.

"Com todas as letras, ele deu em cima de mim mesmo de uma forma assim descarada. Me levou a fazer coisas à força, que eu tenho prova disso. Dentro da casa dele, falou que ‘tava tendo reunião na UNE. Pra eu ir pra lá. Cheguei lá, e não tava tendo. Ele não me deixou sair, fez coisas à força. Eu tenho a mensagem para ele: 'Feliciano, a minha boca ficou roxa'. Ele ri e diz: 'Passa um batom por cima'. Eu tenho todas essas provas”, diz ela no áudio, enquanto o suposto chefe de gabinete tenta convencê-la a abafar o caso. 

Logo depois dos áudios, a jovem gravou dois videos na internet onde desmente ter feito qualquer denúncia contra Feliciano. 

Mas Patrícia e a mãe dela foram à delegacia, onde relataram que a universitária gravou o vídeo após ter sido ameaçada com um revólver, pelo chefe de gabinete de Feliciano, que ainda teria a ameaçado de morte. 

Os policiais localizaram Bauer, que prestou esclarecimentos e então a prisão foi pedida por conta do risco relatado por Patrícia.