A família da jovem de 26 anos, que faleceu em fevereiro após enfrentar uma cardiopatia congênita, procurou a polícia e o Ministério Público para denunciar as estudantes de medicina que ironizaram o caso nas redes sociais por ela ter passado por três transplantes cardíaco.

Em entrevista ao G1, a irmã da jovem relatou que tomou conhecimento do vídeo apenas na semana passada, embora a gravação tenha sido publicada no dia 17 de fevereiro, nove dias após a morte da paciente, que ocorreu em decorrência de um choque séptico e insuficiência renal crônica.

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No vídeo, as estudantes comentam que um dos transplantes realizados na paciente teria falhado por suposta negligência no uso da medicação. A família, no entanto, nega essa versão e afirma que não houve interrupção no tratamento após o segundo transplante.

As estudantes, identificadas como Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano, não mencionam diretamente o nome da paciente, Vitória Chaves da Silva, mas se mostram surpresas ao afirmar que uma paciente do Instituto do Coração (Incor), em São Paulo, teria recebido três transplantes de coração e um de rim.

Segundo a irmã de Vitória, a falha no segundo transplante foi causada por uma condição conhecida como doença do enxerto. A história da jovem já havia sido abordada em reportagens do Profissão Repórter, exibidas em 2016 e 2021.

O Ministério Público informou, por meio de nota enviada ao G1, que a denúncia foi encaminhada ao 4º Promotor de Justiça de Direitos Humanos da capital, que está analisando o caso.