Biomédica diz que teve registro usado sem autorização em caso de transplantes com HIV
Um grave erro no laboratório PCS Lab Saleme resultou na infecção por HIV de seis pacientes transplantados no Rio de Janeiro. O laboratório, vinculado ao estado, utilizou o registro profissional da biomédica Júlia Moraes de Oliveira Lima em laudos assinados pela técnica Jacqueline Iris Bacellar de Assis, cujo registro está desativado desde junho de 2022.
A situação foi descoberta quando um dos pacientes transplantados apresentou sintomas neurológicos e testou positivo para HIV, levando à reavaliação de exames de dois doadores.
A Secretaria Estadual de Saúde anunciou a suspensão das atividades do PCS e contratou uma nova empresa para realizar os testes de forma emergencial. O laboratório é investigado por diversas autoridades, incluindo o Ministério da Saúde e a Polícia Civil.
Júlia, que atualmente reside em Recife e trabalha como artesã, declarou que nunca trabalhou no Rio de Janeiro e que seu registro foi cancelado devido à falta de pagamento de anuidade. A Secretaria de Saúde destacou que a situação é inadmissível e uma sindicância está em andamento para apurar as responsabilidades.
O PCS Lab Saleme, que recebeu R$ 21,5 milhões do governo entre 2022 e 2024, atende várias unidades de saúde. Até o momento, foram identificados dois doadores com exames que não detectaram HIV antes dos transplantes, resultando em consequências graves para os pacientes.
Biomédica diz que teve registro usado sem autorização em caso de transplantes com HIV
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