Versão mais completa da despedida.
Bolsonaro chorou.

Mateus 23:11-12:

"OS HUMILHADOS SERÃO EXALTADOS" pic.twitter.com/7G9LkCF40P

— Ronaldo Britto (@RonaldoSouzaBr2) January 18, 2025

O ex-presidente Jair Bolsonaro chorou ao deixar sua esposa, Michelle Bolsonaro, no aeroporto de Brasília, onde ela embarcou para participar da cerimônia de posse de Donald Trump, que ocorrerá na próxima segunda-feira (19).

"Obviamente seria muito bom a minha ida lá. O presidente Trump gostaria muito, tanto é que ele me convidou. Estou chateado, abalado ainda, mas eu enfrento uma enorme perseguição política por parte de uma pessoa", disse ele.

Bastidores da Política - Tudo é muito tóxico na política

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Tudo é muito tóxico na política

"Eu sou preso politico, apesar de estar sem tornozeleira eletrônica. Espero que a sua excelencia nao queira colocar em mim para humilhar de vez uma tornozeleira eletrônica. To sim constrangindo. Queria estar acompanhando minha esposa. Quem vai acompanhar vai ser meu filho Eduardo e a esposa dele. Eu queria estar lá. Eu pré-acertei encontro com chefes de estado via Eduardo Bolsonaro. Lamentavelmente, não vou poder comparecer.", completou.

"Gostaria de apertar a mão dele [Trump], conversar, entendo a grandiosidade do momento, as pessoas importantes que teriam para conversar, mas com toda certeza se ele me convidou ele tem a certeza que pode colaborar com a democracia do Brasil, afastando inelegibilidades políticas, como as duas minhas que eu tive.", afirmou sobre o convite. 

 Michelle Bolsonaro, que viajou sozinha para a posse, também fez declarações emocionadas ao falar sobre a situação. Ela considerou que seu marido é alvo de uma "perseguição política" e sugeriu que seus adversários têm "medinho" dele.

"Deus vai ter misericórdia da nossa nação. Meu marido está sendo perseguido, assim como aqueles que Deus envia serão perseguidos, a gente sabe disso. Espero que Deus tenha misericórdia da nossa nação, do meu marido, assim como grande líder não seria diferente. Foi o maior líder da direita, que elegeu o maior número de vereadores e prefeitos. E não seria diferente. É um certo medinho que eles têm do meu marido", afirmou.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da defesa de Jair Bolsonaro para a devolução de seu passaporte, o que impediu sua ida à posse de Donald Trump nos Estados Unidos. A negativa, reiterada na sexta-feira (17), se baseou no risco de fuga associado ao ex-presidente, que está com o passaporte retido desde fevereiro de 2024, devido às investigações sobre sua possível participação em uma tentativa de golpe de Estado em 2022. A Procuradoria-Geral da República (PGR) apoiou a decisão, argumentando que não há interesse público na viagem de Bolsonaro.