Bolsonaro demitiu ministro da Defesa porque quer mais apoio militar

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O presidente da República Jair Bolsonaro, demitiu o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, nesta segunda-feira (29), porque está insatisfeito com o afastamento crescente do serviço ativo das Forças Armadas do governo.
De acordo com a Folha de São Paulo, interlocutores do agora ex-ministro, afirmam que esse é o motivo de Fernando Azevedo ter enfatizado, em sua nota de saída, que considera ter preservado as Forças Armadas como instituições de Estado até aqui.

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Ainda de acordo com a Folha, quando Bolsonaro foi a atos que pediam o fechamento do Supremo Tribunal Federal e o Congresso, em 2020, Fernando Azevedo teve de equilibrar pressões de todos os lados. Além disso, o apoio dele ao general Augusto Heleno (Gabinete de Segurança Institucional), que falou em "consequências imprevisíveis" quando a apuração sobre a interferência de Bolsonaro na PF esbarrou na hipótese de confiscar o celular do presidente e a falta de manifestação quando Bolsonaro sugeriu que o "meu Exército" iria agir contra lockdowns propostos por governadores de estados causou queixas entre militares da ativa, teriam incomodado o presidente, que esperava uma manifestação de Azevedo.
A gota d’água, teria sido o relato ao jornal Correio Braziliense no domingo (28), onde Azevedo falou como foram aplicadas normas rígidas de distanciamento e isolamento de vulneráveis e doentes na Força, garantindo um grau de contaminação pelo novo coronavírus menor do que na população em geral.
Bolsonaro teria se queixado de Azevedo e pediu a demissão do militar por considerar que a fala era ruim para a imagem do governo, conhecido por combater medidas básicas na pandemia. Azevedo se negou.
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