Braga Netto continua preso após decisão unânime do STF

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A 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade, nesta sexta-feira (14), manter a prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ex-ministro da Defesa no governo Bolsonaro. Preso desde 14 de dezembro, ele é investigado por suspeita de envolvimento em uma tentativa de golpe de Estado. O julgamento, realizado em plenário virtual, terminou com o placar de 5 a 0 a favor da manutenção da detenção.
Braga Netto é um dos alvos do inquérito que apura articulações para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A defesa do general argumentou que sua prisão é injustificada e pediu a revogação da medida, mas os ministros Cristiano Zanin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Flávio Dino e Cármen Lúcia votaram para manter a decisão. Segundo a investigação, o ex-ministro teria participado do financiamento das ações golpistas.

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De acordo com delações feitas à Polícia Federal, Braga Netto teria entregado dinheiro para custear os atos antidemocráticos. O ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, afirmou que recebeu do general uma sacola de vinho contendo valores em espécie no Palácio da Alvorada. A informação foi confirmada em sua colaboração premiada homologada pelo STF.
O próximo passo da investigação será o julgamento da denúncia apresentada pela Procuradoria-Geral da República (PGR), previsto para o dia 25 de março. Além de Braga Netto, a PGR acusa Jair Bolsonaro e outros seis aliados de envolvimento na tentativa de golpe. Caso a denúncia seja aceita, todos passarão da condição de indiciados para réus no processo.
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