Caso Carol Pascuin: Padrasto acusado de matar influencer é condenado por stalkear vítima

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O advogado Eduardo dos Santos Freitas, acusado de matar a influencer Carol Pascuin, foi condenado a 2 anos e 7 meses de prisão por stalkear a vítima e a ex-mulher, mãe da jovem. O crime aconteceu em 2021 em Sorocaba (SP). O homem também é investigado por estupro contra uma criança.
A decisão é da Justiça de Pilar do Sul (SP) e foi publicada no dia 15 de dezembro. O homem foi denunciado pelo Ministério Público do Estado de São Paulo (MPSP) com base no artigo 147 do Código Penal, que trata sobre perseguir alguém, reiteradamente e por qualquer meio, ameaçando a integridade física ou psicológica, restringindo a capacidade de locomoção ou, de qualquer forma, invadindo ou perturbando sua esfera de liberdade ou privacidade.

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De acordo com o MP, Eduardo teve um relacionamento com a ex-mulher, Elaine Pascuin, durante 15 anos, e ambos moravam juntos. O homem era padrasto de Anna Carolina Tadeu Pascuin Nicoletti (Carol). Em agosto de 2016, o casal terminou o relacionamento, mas após o fim da união estável o advogado passou a perseguir as vítimas.
Conforme o MP, o homem aparecia no consultório de Elaine para exigir transferências de bens de forma agressiva, de forma reiterada. Ele também criou perfis fake em redes sociais para manter contato com Carol, além de comparecer no local de trabalho da jovem para constrangê-la, e invadiu a residência dela.
"Em conclusão tem-se que o réu, de forma consciente e espontânea, perseguiu reiteradamente, mediante invasão da residência da vítima, a retirada de pertences dela do local, o envio de mensagens ofensivas, a criação de perfis fakes em redes sociais para manter contato com a vítima, a aproximação constante do local de trabalho da vítima, o comparecimento indesejado na residência da vítima durante a madrugada, seguida de chamados e ligações telefônicas insistentes, a vítima Anna Carolina Tadeu Pascuin Nicoletti.", diz a decisão do magistrado Éverton Willian Pona.
Crime - Carol foi encontrada morta com um tiro na cabeça no dia 13 de novembro de 2021, na cama dela, no bairro Wanel Ville. O local foi revirado e os celulares e computadores da vítima foram levados, mas não havia sinal de arrombamento.
Eduardo foi denunciado pela morte dela e foi preso temporariamente por 60 dias, mas foi solto após a Justiça não decretar sua prisão preventiva.
A jovem afirmou à mãe que havia sido abusada pelo padrasto desde os 14 anos. O caso veio à tona quando a vítima já tinha 18 anos, mas os abusos não foram denunciados na época.

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