Caso Henry: Monique Medeiros é transferida de presídio

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A professora Monique Medeiros, uma das acusadas no caso da morte do menino Henry Borel, de 4 anos, em março de 2021, foi transferida do Instituto Penal Santo Expedito para a Penitenciária Talavera Bruce, localizada no Complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio de Janeiro. Ela enfrenta acusações de participação na morte do filho, juntamente com seu então namorado, o ex-médico e ex-vereador Jairo Souza Santos Júnior, conhecido como Dr. Jairinho.
Segundo a Agência Brasil, a transferência ocorreu na segunda-feira passada (28) e foi ordenada pela juíza titular do II Tribunal do Júri do Rio de Janeiro, Elizabeth Machado Louro, em resposta a uma solicitação da defesa de Monique. A defesa argumentou que Monique estava enfrentando ameaças dentro da unidade prisional em que estava anteriormente. A juíza determinou que Monique fosse transferida para uma unidade prisional segura, levando em consideração o histórico de rejeição que ela enfrentou de outras detentas em unidades anteriores.

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A juíza também expressou sua frustração com a falta de resposta às solicitações da defesa de Monique sobre as denúncias de ameaças. Ela afirmou que os pedidos anteriores feitos à unidade prisional para obter informações sobre as alegadas ameaças não foram atendidos, e nenhum relatório foi fornecido ao tribunal sobre esse assunto.
A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) realizou a transferência no mesmo dia em que a decisão da juíza foi emitida, afirmando que cumpre todas as decisões judiciais. No entanto, a Seap negou que Monique tenha enfrentado situações de risco em sua detenção anterior e que nenhuma das alegadas ameaças tenha sido comprovada.
Vale ressaltar que esta não é a primeira vez que Monique Medeiros é objeto de decisões judiciais relacionadas ao seu local de detenção. Em abril do ano passado, a mesma juíza, Elizabeth Louro, havia substituído a prisão preventiva de Monique por prisão domiciliar com o uso de tornozeleira eletrônica, proibindo qualquer contato com testemunhas do caso. No entanto, essa medida foi posteriormente revertida, e Monique retornou à prisão.
A saga judicial de Monique incluiu reviravoltas adicionais, com períodos de prisão e liberação. A última prisão ocorreu após a decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que acatou o parecer do subprocurador da República Juliano Baiocchi, recomendando a revogação da liminar anterior que havia libertado Monique. O subprocurador argumentou que havia evidências de que Monique poderia atrapalhar as investigações, e a decisão do STF resultou em sua volta à prisão.
Neste caso, Monique enfrenta acusações de tortura e homicídio triplamente qualificado do filho Henry, enquanto Dr. Jairinho também é acusado dos mesmos crimes.

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