Coca-Cola ameaça deixar o Brasil se não recuperar subsídio em Manaus
Manaus/AM - A Coca-Cola informou à União que pretende interromper a produção de refrigerante na Zona Franca de Manaus caso o presidente Michel Temer não devolva ao setor de concentrados (bebidas) os incentivos fiscais que possuíam, benefícios perdidos após a paralisação dos caminhoneiros. A informação foi divulgada pela Folha de São Paulo nesta terça-feira (21).
Temer já foi comunicado sobre a ameaça, pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes (Abir) Alexandre Jobim. A associação representa 59 fabricantes, uma delas é a Coca-Cola. Se essas empresas deixarem a Zona Franca de Manaus podem cortar 15 mil empregos diretos, com previsão de perda de R$ 6 bilhões por ano em vendas.
Na terça-feira da semana passada, o presidente da Coca-Cola no Brasil, Henrique Braun, esteve reunido com o secretário da Receita Federal, Jorge Rachid. Nessa reunião ele explicou que não faz sentido a Coca-Cola produzir na Zona Franca se a alíquota do Imposto sobre Produtos industrializados (IPI) for de pelo menos 15%.
A matriz americana pretende definir a situação até o final do ano. Caso Temer não atenda ao pedido, a Coca-Cola disse que procurará outro país com os incentivos, possivelmente o destino seria a Colômbia. A assessoria do governo apontou à Folha que vê exagero da Coca-Cola, pois perderia inúmeras vantagens além de abrir espaço para as concorrentes.
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