Criança de 9 anos revela em carta ser estuprada por pai e avô: 'Doía muito'

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A polícia investiga o caso de uma criança de 9 anos que foi estuprada pelo pai, 33, e pelo próprio avô, um homem de 78 anos, na cidade de São José dos Campos, interior de São Paulo.
Os abusos aconteciam enquanto a mãe estava trabalhando e a menina ficava a sós com o pai ou o avô materno. A vítima escreveu uma carta para revelar à mãe os anos de sofrimento e terror vividos nas mãos dos suspeitos.

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Ela contou que o pai a violentava desde os 5 anos e que o avô começou a estuprá-la aos 7 anos. Em um trecho da carta, a vítima relata que o pai a penetrava e também fazia sexo oral com ela. “Ele botava a parte íntima dele na minha, doía muito (...) e ele botava a boca na minha vagina”, escreveu.
Em outra linha, a criança afirma que o pai da mãe dela fazia a mesma coisa. “O vovô ficava mexendo nas minhas partes íntimas do mesmo jeito que o papai”.
A mãe diz que não desconfiava dos estupros e que só descobriu a situação escabrosa porque estava lavando roupa e achou manchas de sangue na calcinha da filha, em junho deste ano. Ao tentar sondá-la, ela revelou que era violentada há pelo menos 4 anos.
Traumatizada, a vítima não conseguia verbalizar a violência e decidiu escrever cartas. Ela contou ainda que era ameaçada para não contar nada a ninguém, pois o pai dizia que seria preso, que fariam coisas ruins com ele na prisão e que ele nunca mais veria seus outros irmãos.
A mulher foi à delegacia e denunciou o marido e o pai, mas o companheiro dela, ao saber que havia sido descoberto, fugiu. O avô da vítima também foi ouvido, mas segue em liberdade.
A polícia local afirma que já colheu o depoimento dele e que aguarda os laudos periciais para dar seguimento ao caso. Enquanto isso, a Justiça concedeu uma ordem de restrição contra o pai e o avô.
A menina faz acompanhamento psicológico e médico, mas segundo a mãe, ela sofre de ansiedade e está tão traumatizada que acorda no meio da noite achando que o pai está no quarto ou no telhado e voltou para estuprá-la novamente.

ASSUNTOS: Brasil