Deputado do PL pede desculpas após declarar que desejava a morte de Lula

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O deputado Gilvan da Federal (PL-ES) pediu desculpas nesta quarta-feira (9) por ter declarado, em sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara, que desejava a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A retratação foi feita no plenário da Casa. “Um cristão não deve desejar a morte de ninguém”, afirmou o parlamentar. “Reconheço que exagerei na minha fala.”
A declaração inicial foi feita durante a discussão de um projeto relatado por Gilvan que prevê o desarmamento da equipe de segurança do presidente da República. Na ocasião, o deputado disse que “se Lula tivesse um infarto ou uma taquicardia e morresse, não ficaria triste”. Ele ainda afirmou que “queria que o presidente fosse para o quinto dos infernos”.

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Após a fala, a Advocacia-Geral da União (AGU) encaminhou uma notícia de fato à Polícia Federal e à Procuradoria-Geral da República pedindo a apuração do caso, inclusive com eventual abertura de investigação criminal. Parlamentares de diferentes partidos, incluindo aliados, criticaram publicamente o conteúdo da declaração.
Entre os que repudiaram a fala estão os senadores Flávio Bolsonaro (PL-RJ), Carlos Portinho (PL-RJ), Omar Aziz (PSD-AM) e Jorge Kajuru (PSB-GO). O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), também se manifestou de forma indireta, ao citar uma mensagem do Papa Francisco sobre o valor da vida. O projeto relatado por Gilvan foi aprovado na comissão, mas ainda precisa ser analisado pelo plenário da Câmara.

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