Desempregada, mãe do menino Miguel pede fim de vaquinhas: 'quero justiça'
Mirtes Renata Santana de Souza, mãe do menino Miguel Otávio, de 5 anos, que caiu de um prédio de luxo em Recife enquanto estava sob os cuidados da patroa dela, Sari Corte Real, pediu neste sábado (6) que se encerrem as doações a ela através de vaquinha virtual.
"Não tenho mais emprego e não sei como vai ser daqui por diante. Achei que isso seria uma ajuda da minha equipe (de corrida). Mas acabou se tornando uma coisa nacional. Então pedi para encerrar essa história de vaquinha virtual. Saibam que ninguém agiu de má fé, só quiseram me ajudar. Então, por favor, não façam nada de mal com ele (o administrador do grupo Coiotes Corredores), parem de mandar mensagem agredindo ele e ameaçando ele de morte", disse em entrevista ao NE TV, da TV Globo. "Agradeço a todos, de coração mesmo. Mas não depositem mais nada, pelo amor de Deus. Só quero justiça pelo meu filho. A única coisa que peço é que orem por mim e por minha família para que a gente possa lutar e fazer justiça.".
Em uma semana marcada por protestos antirracistas no mundo inteiro, o caso causou comoção em todo o Brasil e na sexta-feira (5) também houve uma manifestação em Recife, com populares pedindo justiça no caso.
Mirtes estava trabalhando durante a pandemia do coronavírus e, como escolas e creches continuam fechadas, precisou levar o filho ao trabalho como empregada doméstica. Como teve que levar os cachorros para passear a pedido da patroa, Mirtes deixou o filho sob os cuidados de Sari Corte Real, que é primeira-dama de Tamandaré. A mulher deixou o menino entrar sozinho no elevador, o que causou a morte da criança após ele escalar e acabar caindo do 9º andar do prédio.
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